Narrativas paralelas às produzidas pelos historiadores e historiadoras não são uma novidade. Sempre existiram! Muitas delas têm a sua legitimidade, mas outras tantas precisam ser combatidas:

mitos, anacronismos, simplificações, senso comum, negacionismos, usos e abusos diversos do passado.

 

Tudo isso sempre conviveu com a produção historiográfica, mas hoje vivenciamos uma profusão de narrativas enganosas por meio das redes sociais e grupos de Whatsapp, Telegram e outras ferramentas de comunicação.

 

Nesse contexto, parece aumentar o desprestígio da produção científica. Isso não afeta apenas as ciências humanas, mas o conhecimento histórico tem sido um dos principais alvos de ataques sistemáticos. Evidências, métodos e um esforço coletivo de produção do conhecimento têm sido desprezados em favor de crenças, opiniões, valores e convicções pessoais.

 

Tais circunstâncias abriram caminho para as fake news, que circulam em complexas redes de comunicação, produzindo desinformação. Jornalistas e veículos de mídia tradicionais e alternativos têm se engajado em projetos de fact checking. Serviços de checagem de fatos têm sido um instrumento importante na verificação de notícias suspeitas que repercutem por aí.

 

Então, pensamos: por que não criamos um projeto de checagem de conteúdos de História? Assim surgiu o Detecta, o primeiro projeto de “fact checkin histórico” do Brasil.