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Mulheres eram guerreiras na cultura Viking?Historiador responde sobre novo Assassin's Creed Valhalla

Atualizado: 2 de mai. de 2020

"Fazia parte da ideia de mundo deles, que mulheres e homens sejam igualmente formidáveis ​​em batalha"


Logo que foi anunciado que os jogadores irão poder escolher o gênero do protagonista de Assassin’s Creed Valhalla, muitos jogadores e fãs da franquia invadiram as redes sociais para reclamar de que não fazia o menor sentido ter guerreiras mulheres no jogo.


O público masculino clama por homens grandes, musculosos barbudos e assustadores, típicos de filmes e séries de TV. Desconhecem que eles não eram os únicos que iam para batalha na cultura viking. As mulheres também podiam entrar em campo como guerreiras a até ocupar altos cargos militares – tudo isso há mais de mil anos.


Fonte: Ubisoft / Divulgação

Após a repercussão o site oficial do jogo logo foi atualizado e disponibilizou uma sessão de perguntas e respostas em que Thierry Noël, um historiador que trabalha a serviço da Ubisoft para responder perguntas de fãs da franquia.


Em um dos temas abordados, Noël afirma que há provas concretas sobre a participação de mulheres vikings em batalhas, e que isso fazia parte de uma compreensão de mundo de como eles imaginavam ser.


Fonte: Ubisoft / Divulgação
As fontes arqueológicas são altamente debatidas sobre essa questão específica. Mas o fato é, e acho que o mais importante, é que isso fazia parte da concepção deles do mundo. Sagas e mitos da sociedade nórdica estão cheios de personagens femininas fortes e guerreiros. Fazia parte da ideia de mundo deles, que mulheres e homens sejam igualmente formidáveis ​​em batalha, e isso é algo que o Assassin's Creed Valhalla refletirá.

O posicionamento da produtora é claro: os jogadores podem escolher jogar o Eivor como homem ou mulher, e até vemos mulheres brigando no trailer. Mas por que o debate volta a ser repercutido? Hoje os exemplos são múltiplos, inclusive recentemente cientistas britânicos reconstruíram o rosto de uma mulher encontrada em um cemitério viking no distrito de Solør, na Noruega. Testes de DNA já haviam confirmado que o cadáver era feminino, e que devido ao grave ferimento na região da cabeça indicava que teria morrido em campo de batalha.


E essa não é a primeira vez que os arqueólogos provam a existência de guerreiras vikings. Em 2017, uma análise de DNA confirmou que o viking conhecido como “Guerreiro de Birka” era, na verdade, uma mulher. O cadáver foi descoberto na década de 1880, na Suécia, mas foi só em 2017 que a análise confirmou seu sexo. Até então, todos os historiadores assumiam que se tratava de um homem, já que havia sido sepultado tipicamente como um comandante. 


A ideia de mulheres vikings guerreiras já vive no imaginário popular há tempos. Filmes, e, mais recentemente, a série Vikings, do History Channel, mostram personagens femininas batalhando ao lado de homens. As “donzelas de escudo” são descritas nos textos nórdicos como mulheres que iam a campo para proteger os guerreiros – com escudos. O mais provável, de acordo com os achados, é que não seja bem isso: que simplesmente havia mulheres nos campos de batalha vikings, seja na defesa, seja no ataque.   

 

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