Pode-se afirmar, portanto, com certeza e também com alguma audácia, que há, no universo, a um mesmo e único tempo, um número incontável de outros tempos (HERDER apud KOSELLECK, 2006, p. 14).
Marc Bloch, um dos fundadores da Escola dos Annales, em seu renomado texto Apologia da História, já havia deixado claro a definição de história: “‘Ciência dos homens’, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: ‘dos homens, no tempo’” (2002, p. 55). Nesse sentido, uma d’As doze lições da história (1991) será aquela que diz que “A história faz-se a partir do tempo” (PROST, 1991, 96).
Todavia, não é qualquer tipo de tempo que integra a história, mas sim o tempo histórico, entendido por um tempo cultural que está relacionado à ação social e política dos seres humanos enquanto coletividade: “o tempo histórico, caso o conceito tenha mesmo um sentido próprio, está associado à ação social e política, a homens concretos que agem e sofrem as consequências de ações, a suas instituições e organizações” (KOSELLECK, 2006, p. 14).
Nesse sentido, o que temos a dizer é que o tempo histórico é muito complexo para ser traduzido. Para mensurarmos essa complexidade, basta evocar algumas situações descritas pelo historiador alemão Reinhart Koselleck: ao visualizarmos uma paisagem urbana, nos deparamos, ao mesmo tempo, tanto com novas construções como também com ruínas de antigos prédios, ou com diversos meios de transportes, de carroças a aviões, nos transmitindo assim diferentes ritmos de modernidade, ou até mesmo dentro da própria família, nos colocando em contato com diferentes gerações ao mesmo tempo (KOSELLECK, 2006, pp. 13-14).
Como assinala o trecho que iniciou essa discussão, em um mesmo tempo podemos visualizar diversos outros tempos. Essa complexidade das relações com o tempo, ou, se preferir, com os tempos, foi pontuada também pelo historiador francês François Hartog (2003, p. 10). Para ele, passado, presente e futuro consistem em categorias de análise que apontam apenas para uma parte de toda essa complexa relação (2003, p. 10). Pensar sobre essa relação, segundo Hartog, também é tarefa dos historiadores (2003, p. 10).
Sendo assim, as perguntas a que nos propomos a responder são as seguintes: sendo a relação entre homens e tempo também histórica, como que ela se deu ao longo dos diferentes tempos e épocas? De que maneira as diferentes sociedades se relacionavam com o presente, o passado e o futuro? Qual deles detinha mais importância para elas?
Antes de partimos para os seus esclarecimentos, é importante frisar que essas questões a que nos colocamos dizem respeito ao que na história chamamos por regimes de historicidade. Esse conceito da ciência histórica consiste na maneira como as sociedades humanas experimentam o tempo, ou seja, de que maneira elas pensavam e viviam o tempo (HARTOG, 2003, p. 10). Dada essa definição, vamos à explanação.
Historia magistra vitae: o passado como exemplo
Historia magistra vitae. Por meio dessa expressão, história mestra da vida, podemos compreender como os antigos gregos e romanos se relacionavam com o tempo. Embora o termo tenha sido cunhado pelo romano Cícero, que nasceu e viveu nos séculos II e I a.C, visualizamos essa noção na Grécia antiga a partir do século V a.C (HARTOG, 2003, p. 13). Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo historiador grego Tucídides, identificamos a noção de Historia magistra vitae:
E para o auditório o caráter não fabuloso dos fatos narrados parecerá talvez menos atraente, mas se todos quantos querem examinar o que há de claro nos acontecimentos passados e nos que um dia, dado o seu caráter humano, virão a ser semelhantes ou análogos, virem sua utilidade, será o bastante. Constituem mais uma aquisição para sempre que uma peça para um auditório do momento (1999, p. 31).
Essa aquisição para sempre em que consiste a história mestra da vida diz respeito a relatos históricos que poderiam vir a servir de exemplo e de guia aos que vivessem no futuro. Desse modo, dada a constância da natureza humana, a Historia magistra consiste em instruir, por meio dos exemplos e das vivências do passado, aqueles que viveriam à posteridade (KOSELLECK, 2006, pp. 42-43).
Essa proposta pode ser exemplificada por meio da obra de Tito Lívio, historiador latino que viveu entre os séculos I a.C e I d.C, e que escreveu História de Roma. Nessa obra, Lívio, desolado diante da decadência da sociedade romana, recupera exemplos dos áureos e gloriosos tempos de seu povo a fim de educar os seus contemporâneos.
Apesar de ter sido relegada a segundo plano pelo regime de historicidade que prevaleceria durante a cristandade europeia (HARTOG, 2003, p. 14) - no lugar do passado, a ênfase passa para o futuro, que guarda um iminente fim dos tempos -, a Historia magistra vitae retomou seu destaque nos primórdios da modernidade: “Com o desaparecimento das profecias apocalípticas, a velha história como mestra impõe-se mais uma vez com grande vigor” (KOSELLECK, 2006, p. 44). Nesse sentido, o Renascimento, ocorrido entre os séculos XIV e XVI na Europa, promoveu esse retorno da noção de história como mestra da vida, uma vez que a sua principal fonte foi justamente os clássicos da antiguidade (HARTOG, 2003, p. 14).
No entanto, novamente uma série de transformações, sobretudo mentais, trazidas pela Revolução Francesa e pela Escola Histórica Alemã, fez com que a Historia magistra não apenas fosse renegada, mas também desvalorizada (KOSELLECK, 2006, p. 52). Segundo Reinhart Koselleck (2006, p. 48), a mudança linguística e conceitual ocorrida no idioma alemão do termo Historie, relatos exemplares, para a palavra Geschichte, um acontecimento único e singular, foi um fator que contribuiu sobremaneira para o desprestígio da Historia magistra a partir do século XVIII.
Ainda conforme Koselleck (2006, p. 52), a Revolução Francesa se trata de um acontecimento que permitiu dar unidade às histórias particulares, subordinando-as, assim, a uma História Única e Universal. Isso concorreu para que o termo Geschichte, empregado e defendido pela Escola Histórica Alemã, fosse amplamente utilizado. Desse modo: “Se a história se torna um evento único e singular da educação do gênero humano, então cada exemplo particular, advindo do passado, perderá força, necessariamente” (KOSELLECK, 2006, p. 55).
O fim dos tempos
Bem-aventurados os que leem e também os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo (Apocalipse 1:3).
O trecho acima, extraído do livro bíblico Apocalipse, nos transmite bem a noção de tempo que prevaleceu, conforme o historiador Koselleck (2006, p. 24), durante todo o período da Cristandade europeia, ou seja, desde o período de crises do Império romano do ocidente - cujos momentos de grande efervescência foram entre os séculos IV e V d.C - até o século XVI.
A partir do versículo, podemos inferir que o tempo que será dominante durante a cristandade europeia será um tempo com teor escatológico, ou seja, um tempo que caminha para algum fim. Um fim que se confunde com o fim do mundo ou com o fim dos tempos, conforme a religião Cristã apoiava (KOSELLECK, 2006, p. 24). Nesse sentido, podemos alegar que, a partir dessa mentalidade que prevaleceu durante toda a cristandade, as pessoas que nela viveram eram indiferentes para com o passado e para com o presente, voltando as suas expectativas para um futuro iminente que anunciava a efetivação dos desígnios de Deus.
Em momentos de crise, essa certeza de que o mundo iria se acabar adquiria uma força ainda maior. Como exemplo disso, podemos mencionar as crises que assolaram o Império romano do ocidente no início da cristandade, as quais, segundo o historiador italiano Santo Mazzarino (1991), eram encaradas pelos cristãos como prenúncios do fim do mundo próximo.
Na obra Cidade de Deus, escrita pelo teórico cristão Santo Agostinho, que foi contemporâneo desse momento de crises que ruía o Império romano, podemos identificar a concepção que o religioso tinha acerca do tempo, visão essa que, como já sabemos, se estenderá até o fim da cristandade:
Com efeito, ambas as Cidades enlaçam-se e confundem-se no século até que o juízo final as separe. A respeito da origem, progresso e fim que as aguarda é que quero desenvolver meus pensamentos, com a divina assistência e para a glória da Cidade de Deus, que o cotejo de tantos contrastes há de tornar mais resplandecente (p. 64).
Outro momento que mexeu com os ânimos daqueles que ansiavam pelo fim do mundo foi no século XVI, com a ocorrência da Reforma Protestante (KOSELLECK, 2006, pp. 25-26). Esta provocou uma profunda e irreversível cisão dentro da própria Igreja, dividindo assim os fiéis, cujo monopólio esteve durante toda a Idade Média sob o poder da Igreja. Todavia, esse teria sido o último acontecimento que anunciava o fim dos tempos, e como este não acontecia, acabou sendo adiado para um futuro cada vez mais distante (KOSELLECK, 2006, p. 28). De acordo com Koselleck (2006), as transformações advindas com o Estado Absolutista interferiram na maneira dos homens e mulheres se relacionarem com o tempo.
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O futuro que se abre
No principiar da modernidade europeia, século XVI, uma série de transformações trazidas pelo Estado Absolutista provocará mutações na maneira como até então os europeus vinham se relacionando com o tempo, desde o início da cristandade.
Nessa perspectiva, podemos destacar algumas dessas mudanças. Uma delas diz respeito ao fato da paz ter deixado de ser tida como algo somente possível por meio da interferência divina, e passar a ser encarada como algo que também poderia ser garantido por meio de um acordo político entre os Estados, ou seja, pela interferência dos homens (KOSELLECK, 2006, pp. 26-27). A outra se refere ao fato do Estado Absolutista ter passado a perseguir e a condenar as práticas de profecia, direcionando-as para o âmbito da vida privada (KOSELLECK, 2006, p. 29). Nesse ponto, é importante frisar que os céticos da modernidade, de maneira geral, encaravam as profecias religiosas como sendo formas irracionais de superstição, dessa maneira, contribuindo ainda mais para o seu desprestígio (KOSELLECK, 2006, p. 30).
Diante dessa intolerância para com aqueles que profetizavam o futuro, este, segundo Koselleck (2006, p. 29), acabou se tornando monopólio do próprio Estado Absolutista, que passou a considerar na previsão do futuro uma espécie de instrumento político para guiar as suas ações. Assim, as profecias que dominaram a idade média, que tinham um teor puramente religioso, cedem lugar aos prognósticos, que consistem em conjecturas de teor político acerca de acontecimentos humanos (KOSELLECK, 2006, p. 32).
Todavia, apesar do Estado Absolutista ter se apropriado do futuro dessa maneira, contribuindo para alterações na maneira como a sociedade europeia se relacionava com o tempo, isso não significa que este esteve sob completo domínio do Estado. De acordo com Koselleck, a partir do século XIV na Europa, podemos encontrar indícios de que os homens começavam a temporalizar e a classificar o tempo. Um exemplo disso foi a temporalização feita pelos humanistas, caracterizada por: uma antiguidade, um período médio, e por fim um período moderno (KOSELLECK, 2006, p. 31).
Outra temporalização que merece destaque, em função de suas implicações para a mentalidade ocidental, se trata daquela feita por Bodin no século XVI, caracterizada por: uma história sacra, uma história humana e uma história natural (KOSELLECK, 2006, p. 28). Com essa separação, o fim dos tempos não somente foi adiado para uma data cada vez mais distante, conforme dissemos acima, mas ele também foi deslocado do âmbito da história humana para o âmbito da história natural:
Nesse ponto, Bodin teve uma atuação pioneira [...] como historiador [...] Ao separar a história sacra, a história humana e a história natural, ele transformou a questão do fim dos tempos em um problema de cálculo astronômico e matemático. O fim do mundo tornou-se uma data do cosmos, e a escatologia, por sua vez, foi posta de lado, pela sua transformação em uma história natural expressamente preparada para esse fim (KOSELLECK, 2006, p. 28).
Desse modo, como o fim do mundo passou a estar cada vez mais distante, e não mais dizendo respeito à esfera dos acontecimentos humanos, o futuro se abria para a sociedade europeia. No entanto, por esta estar sob o julgo dos Estados Absolutistas, apesar de o novo futuro oferecer múltiplas possibilidades, estas eram, contudo, finitas e até certo ponto estimadas (KOSELLECK, 2006, p. 31).
Esse futuro de finitos caminhos só viria a ser rompido no século XVIII, com as já comentadas transformações desencadeadas pela Revolução Francesa e pela mudança conceitual no campo da história promovida pela Escola Histórica Alemã. Apesar de uma dessas mudanças ter sido o fato de se ter deixado de dar importância para a multiplicidade dos relatos históricos para se passar a considerar apenas uma única história, a história da humanidade, elas colaboraram para que diante do futuro se abrisse infinitas e inéditas possibilidades. Entretanto, apesar do futuro passar a ser infinitamente múltiplo e incalculável, uma certeza passou a dominar a mentalidade europeia: a garantia de que a humanidade caminha para o progresso.
Com essa noção de progresso dominando a ordem do dia, o século XVIII também registra o rompimento total entre História e Natureza: a “história foi reestruturada em forma de uma grandeza não natural” (KOSELLECK, 2006, p. 54). Com essa separação, deve-se frisar que o campo da história natural foi excluído da ciência histórica (KOSELLECK, 2006, p. 54). Segundo Koselleck (2006, p. 54), esse distanciamento entre História e Natureza é a prova de que os homens e as mulheres do século XVIII estavam tomando a consciência de um tempo histórico, este totalmente desvinculado de um tempo natural. De acordo com o historiador (2006, p. 54-55), esse tempo histórico é fruto das indagações e reflexões promovidas pela filosofia da história.
Emancipando-se da natureza e sendo cada vez mais humanizado, esse tempo histórico nascido na modernidade trazia a promessa de progresso que viria a perdurar durante muito tempo para os homens da contemporaneidade.
O regime histórico da atualidade
Refletindo acerca das maneiras como as sociedades pensavam e vivam o tempo, Reinhart Koselleck (2006, p. 16), escrevendo o prefácio de Futuro Passado no ano de 1979, sente a mudança na forma de se encarar o tempo que passa a caracterizar a sociedade ocidental após meados do século XX. Em nossa sociedade dominada pelas inovações técnicas e industriais, o historiador afirma que a cada dia temos menos tempo para experimentar as mudanças.
De acordo com François Hartog (2003), essa transformação que vai passar a caracterizar a contemporaneidade a partir da metade do século XX representa a crise do regime histórico moderno. Segundo Hartog (2003, p. 22), o começo do século XX é marcado por uma série de questionamentos acerca do tempo. A Escola dos Annales, por exemplo, dirige duras críticas à história produzida pelos historiadores metódicos, que se voltavam unicamente para os progressos políticos e militares das nações (HARTOG, 2003, p. 23).
Recusando esse modelo de história superficial feita pelos historiadores metódicos, os historiadores dos Annales passam a pensar o tempo de maneira mais complexa e dialógica, bem como a se comprometer com a própria sociedade, por meio de uma história econômica e social (HARTOG, 2003, pp. 22-23).
Entretanto, a partir de Hartog, podemos afirmar que essas reflexões acerca do tempo e da história foram a princípio bem pontuais, mais presentes no seio da própria academia. Segundo o historiador (2003), apesar das duas grandes guerras mundiais ter provocado na sociedade ocidental, de modo geral, um questionamento sobre o tempo, a ideia de um futuro como progresso não foi imediatamente abalada. Como a humanidade havia acabado de passar por um período de crueldade e de barbárie, era necessário para ela que o futuro prometesse algo melhor (HARTOG, 2003, p. 25).
No entanto, a partir da década de 1960, a sociedade ocidental passa a se isolar em seu próprio presente, uma vez que o passado lembrava a morte e a desgraça, e o futuro anunciava o esgotamento dos recursos naturais do planeta (HARTOG, 2003). Essa mudança na maneira da contemporaneidade viver o seu tempo se deu em função de diversos fatores, dentre eles: a crescente mercantilização da relações sociais e dos recursos da natureza, o consumismo propagado e desenfreado, a filosofia existencialista, que atribui grande ênfase ao presente, bem como o novo cenário de inovações científicas e técnicas (HARTOG, 2003).
Essa importância que adquire o presente viria a influenciar até mesmo a ciência histórica. Visto que esta não poderia desprezar o passado, a sua relação com ele passou a ser mediada pelo próprio presente: recuperar o passado por meio do presente (HARTOG, 2003, p. 26).
Todavia, conforme Hartog (HARTOG, 2003, p. 28), esse presente fechado em si mesmo viria a sofrer uma abertura a partir de meados da década de 1970. A crise de identidade que assola a sociedade a partir desse momento faz com que ela realize um duplo movimento: se volta para o passado em busca de suas raízes e para recuperar a sua memória, preservando patrimônios e monumentos, e lega estes para o futuro, um futuro não mais de otimismo, mas de pessimismo diante dos desastres ambientais que puseram um limite à noção de progresso (HARTOG, 2003). Isso, de acordo com Hartog e conforme podemos perceber, é o regime que caracteriza os dias atuais.
Referências
BLOCH, MARC. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. Disponível em < https://bibliotecaonlinedahisfj.files.wordpress.com/2015/02/bloch-m-apologia-dahistc3b3ria.pdf >. Acesso em 14 de março de 2018.
PROST, Antoine. “Os tempos da história” (pp. 95-114). In Doze lições sobre história. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. Disponível em < http://docs11.minhateca.com.br/974772174,BR,0,0,PROST,-Antoine-- -Doze-li%C3%A7%C3%B5es-sobre-a-Hist%C3%B3ria.pdf >. Acesso em 14 de março de 2018.
KOSELLECK, Reinhart. “Prefácio”, “O futuro passado dos tempos modernos”, “História magistra vitae – Sobre a dissolução do topos na história moderna em movimento”. In Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Tradução de Wilma Patrícia e Carlos Almeida. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUCRio, 2006.
HARTOG, François. Tempo, História e a Escrita da História: A ordem do tempo. In: Revista de História, 2003, pp. 9-34.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso: Livro I. Tradução de Anna Lia Prado. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
LÍVIO, Tito. História de Roma: Livro I. Tradução de Paulo Peixoto. São Paulo: Paumape, 1989.
AGOSTINHO, Santo. A cidade de Deus: Parte I. Tradução de Oscar Paes Leme. Brasil: Vozes, 2014.
MAZZARINO, Santo. “Final dos tempos ou crise de um império?” (pp. 33-46). In O fim do mundo antigo. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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