Os 10 papas mais polêmicos
- Máquina dos Tempos
- 8 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Prostituição, assassinatos e venda de cargos já foram corriqueiros no trono de pedro

1. Estêvão VI (896-897)
Mandou escavar o corpo putrefato do seu pré-antecessor, o papa Formoso, e pôs num trono para que fosse julgado, no que ficou conhecido como Sínodo do Cadáver. Condenado, o corpo teve os dedos cortados, foi enterrado, desenterrado outra vez e atirado ao Rio Tibre.
2. Sérgio III (904-911)
Julgar cadáveres não era suficiente para Sérgio, que mandou executar seus dois antecessores (já mortos, claro). Seu papado foi o início da "pornocracia", o domínio de mulheres de "má reputação" com que os papas se cercavam. Com uma delas, Sérgio teve um filho, que se tornaria o papa João XI.
3. João XII (955-964)
Num sínodo, em 963, o papa foi acusado de inúmeros atos de fornicação, incluindo sua sobrinha; ter estuprado peregrinas; castrado um padre e cegado outro; fazer brindes aos deuses e ao diabo. Mandou matar seus acusadores. Acabou morto por um marido ciumento. Brenda Ralph Lewis, no livro: a história secreta dos papas, afirma que o papa João XII:
Dormiu com as prostitutas de seu pai e chegou ao cúmulo de manter relações com sua própria mãe. João XII também presenteava suas amantes com cálices de ouro, verdadeiras relíquias sagradas da igreja de São Pedro
4. Bento IX (1032-1044 / 1045,1047-1048)
A razão da pilha de números acima é que Bento vendeu seu papado - duas vezes. É o único a reinar por três períodos, assumindo e recuperando a cadeira pela influência de sua família. Foi acusado de assassinatos, estupros, bestialidade. Enfim, na média da época.
5. Urbano II (1088-1099)
Esse não foi controverso em seu tempo. Convocou a Primeira Cruzada, dando origem ao bizarro conceito de guerra santa da religião do "oferecer a outra face". Quem se alistasse estaria absolvido de todo pecado. Por quê? "Porque Deus quer" - era o slogan criado por ele.
6. Inocêncio IV (1243-1254)
Outro prezado em sua época e condenado pela História. Em 1252 lançou a bula Ad Extirpanda, que autorizou e regulamentou o uso de tortura pela Inquisição. A regra era que não podia haver mortes ou amputações, e que as execuções seriam feitas por autoridades seculares.
7. Bonifácio VII (1294-1303)
Séculos antes do general, o papa já tinha complexo de Napoleão. Declarou o poder absoluto do pontífice sobre todos os outros governantes. Com seu Exército, saqueou e queimou a cidade de Palestrina em 1298, fazendo 6 mil mortos. Foi deposto pelos franceses.
8. Urbano VI (1378-1389)
Era tão detestado que o colégio de cardeais elegeu um segundo papa em seu mandato. Isso deu início ao Cisma do Ocidente, quando o catolicismo teve dois líderes rivais, por mais de um século. Mandou torturar os cardeais e reclamou que não ouvia gritos o suficiente.
9. Alexandre VI (1492-1503)
Membro da família Bórgia, comprou o título, subornando os cardeais. Foi um investimento: por todo seu papado - no qual, aliás, gerou 7 filhos bastardos - desviou dinheiro para a família, vendeu posições eclesiásticas e mandou matar "hereges" para confiscar propriedades.
10. Clemente VII (1523-1534)
Suas maquinações políticas levaram à Guerra da Liga de Cognac, em que franceses e italianos enfrentaram espanhóis e alemães. Em 1527, uma tropa alemã-espanhola se amotinou e rumou para Roma, que foi saqueada e arruinada. Foi o fim da Renascença italiana.
Comentarios